Fascina-me a tradição das passas ao virar do ano. Subir para uma cadeira com 12 passas e mastigá-las a cada badalada. Cada uva seca representa uma nova oportunidade. Com alguma sorte, calham-nos sultanas. Assim não atrapalhamos a cadência do processo. Depois, cuidado com o pé com que se desce da cadeira, não vá o esquerdo desfazer os desejos! Pedimos. A algo ou alguém superior, ao divino, ao universo ou a nós próprios. Para alguns, o ato de pedir descansa do trabalho de fazer. Os seus desejos ficam entregues ao acaso alimentados pela crença na superstição que com alguma sorte claro, fará o resto do trabalho. Temos ainda as resoluções do ano novo. Há quem junte as duas coisas. As mais fáceis, surgem em forma de check list: inscrever-me no ginásio, emagrecer 5 Kg, correr uma maratona, terminar o mestrado. São também estas as que mais rapidamente nos condenam ao insucesso. Não ascendemos ao nível dos nossos objetivos. Mas descemos ao nível dos nossos sistemas. Refere Ja...
Podes aprender a piratear o teu próprio cérebro. Porque se não o fizeres, alguém o fará por ti.